Storytelling: a tática do “era uma vez” que vai querer dominar
Quando projetámos as resoluções para 2020 não imaginámos o que nos esperava. Na wishlist prometemos que este seria o ano em que começávamos a sério o ginásio, em que viajávamos mais, em que iríamos frequentar aquele curso de costura, e a cultura não ocuparia apenas 1% dos programas das nossas agendas.
De repente, parece que entramos diretos no cenário de um filme. Não somos espectadores, não somos figurantes, nem personagens secundárias, neste enredo todos temos um papel principal: o de nos protegermos a nós, aos nossos e aos outros.
As nossas casas viraram escritórios, salas de aula, ginásios, padarias e cabeleireiros. Tudo isto, muitas vezes, em simultâneo. Na MEDIA TAILORS, como em tantas outras empresas, a dinâmica mudou: deixámos de nos reunir no escritório, todos os dias, para nos vermos apenas através de diferentes ecrãs.
Começámos por pensar que seria apenas uma semana, mas prolongámos mais um tempo, mais uns dias, mais um mês. E, de repente, já sentimos saudades da pausa para o café, do colega sempre bem-disposto, do outro que traz sempre cerejas para todos. Sentimos saudades de preparar a lancheira, de desejar um bom dia ao Sr. Manuel, de recolher a correspondência da caixa do correio. Por falar em correio, ainda alguém envia cartas?
Na MEDIA TAILORS, durante o período de confinamento, as tardes de sexta-feira foram dedicadas ao brainstroming em Equipa! Na verdade, nunca estivemos longe. Microfones ora ligados, ora desligados, problemas de internet resolvidos, uma ou outra interrupção familiar, nada importava se a Equipa estava ali, do outro lado do ecrã, a dar as melhores ideias, a projetar sonhos e a responder aos desafios.
Foram momentos em que sentimos mais necessidade do que nunca de estarmos próximos e a comunicação teria de ser a solução para mantermos uma presença ativa junto dos nossos clientes, seguidores e colaboradores.
Foi assim que nasceu a Tailors’ Notes, nossa newsletter (que, de resto, pode subscrever aqui), a forma que encontramos para nos mantermos perto, presentes e a comunicar conteúdo pertinente, em segurança.
Como poderá já ter notado, acabamos de lhe contar uma história. Seguiu o fio à meada entusiasmado? Pois bem, cá está o poder do storytelling.
O storytelling é isto mesmo, contar histórias! Esta ferramenta de comunicação tem a enorme vantagem de envolver o público e permitir que ele se relacione com aquilo que está a ouvir, com o objetivo último de absorver a “moral” da história, percebendo a finalidade com que ela foi contada.
Contar histórias em vez de proferir discursos enfadonhos é uma tática que pode ser utilizada, em boa verdade, em qualquer momento, prometendo, se bem utilizada, excelentes resultados no que toca à transmissão de ideias, princípios e aproximar pessoas e equipas.
Para que possa utilizar esta ferramenta do modo mais proveitoso possível, deixamos-lhe abaixo, o bê-á-bá do storytelling.
Pensar naquilo que quer que o seu público retenha
Qual é a moral da história? Qual é a ideia fundamental? Qual é o objetivo? Deve pensar na sua história de modo a conseguir responder facilmente a cada uma destas questões e de maneira que a sua audiência consiga identificar estas ideias rapidamente.
Tem de existir um sentido
Qualquer história, assim como qualquer texto ou discurso, tem de ter uma lógica, um fio condutor que interligue o princípio, o meio e o fim e que faça com que as pessoas compreendam o seu sentido e não dispersem.
Humanizar, humanizar, humanizar
Está a contar a sua história a pessoas e, só vai chegar até elas, se conseguir que elas se identifiquem com a sua experiência, com o que sentiu, o que pensou, aquilo por que passou.
Use diferentes formatos e envolva os colaboradores
Use diferentes formatos e diferentes plataformas, envolva os seus colaboradores e utilize os seus sentidos, recorra à descrição de imagens, cheiros e toques que ilustrem o que está a contar.
Porque não recolher testemunhos de como a sua Equipa se sentiu durante o Estado de Emergência? Quais foram os seus receios? De que forma conseguiram superá-los? Grave os depoimentos em vídeo, corte e cosa as ideias et voilà... já tem uma história para contar.